Acordo: transações, algumas das quais já eram avaliadas há anos, prometem causar uma reação em cadeia
Os presidentes-executivos de empresas retomaram sua confiança em fazer acordos em 2014, encorajados por uma perspectiva mais clara para seus negócios, e elevaram o valor global de fusões e aquisições para o maior nível desde 2007.
O total foi impulsionado por uma série de grandes acordos nos setores de telecomunicações, saúde e consumo. As transações, algumas das quais já eram avaliadas há anos, prometem causar uma reação em cadeia conforme rivais se mexem para defender seu território.
No exemplo mais recente, a iniciativa do grupo de telecomunicações britânico BT de comprar a operadora celular EE deve colocar pressão sobre rivais para que busquem seus próprios acordos conforme os serviços de telefonia fixa, redes móveis e televisão paga convergem.
“A necessidade de se manter competitivo e fortalecer o negócio principal é o principal catalisador”, disse Wilhem Schulz, diretor de fusões e aquisições para Europa, Oriente Médio e África do Citi.
O volume global de acordos até 11 de dezembro atingiu 3,27 trilhões de dólares, alta de 40 por cento sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados da Thomson Reuters.
O valor é o maior desde 2007, quanto o total ficou em 4,12 trilhões de dólares durante um boom de aquisições no qual empresas de private equity assinaram acordos multibilionários e endividaram companhias.
Em contraste, acordos em 2014 foram impulsionados por conselhos de administração mais cautelosos, que optaram por usar ações em detrimento de dívida para financiar aquisições.
Executivos não perderam ainda todas as suas inibições pós- crise e ainda preferem apostas seguras em vez de aventuras corajosas como a tentativa do grupo de telecomunicações francês Iliad de comprar a T-Mobile US.
“O mercado está recompensando acordos tentados e testados, motivados por sinergias”, disse Paulo Pereira, sócio da Perella Weinberg.
Entre os principais negócios deste ano estão a oferta de 45 bilhões de dólares da Comcast pela Time Warner Cable, que dará a empresa quase 30 por cento do mercado norte-americano de TV paga, a oferta de 118 bilhões de dólares da Pfizer pela AstraZeneca e a fusão de Lafarge e Holcim, que criará a maior produtora de cimento do mundo, com vendas anuais de 40 bilhões de dólares. Da REUTERS
Leia mais em Exame 22/12/2014
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