SunEdison compra First Wind e visa mercados eólicos em países emergentes

A americana SunEdison pode se tornar uma das maiores empresas do mundo de desenvolvimento de energias solar e eólica por meio da aquisição da também americana First Wind por $2,4 bilhões (R$6,2 bilhões).
A transação permite às duas empresa resolverem dois problemas: Enquanto a SunEdison não tinha conhecimento para entrar no setor eólico, à First Wind faltava experiência internacional para expandir além dos Estados Unidos para países emergentes inclusive para o Brasil.

A SunEdison, que até agora focou apenas em energia solar, viu “oportunidades significativas” no mercado eólico global, mas não queria começar do zero, disse o CEO da empresa, Ahmad Chatila, durante uma teleconferência com analistas hoje de manhã.

Segundo o executivo, a SunEdison, que expandiu seu negócio para desenvolver e operar projetos solares partindo originalmente da fabricação de painéis de silício policristalino, já estava buscando oportunidades no setor eólico entre 1GW e 2GW.

“Aprendemos que, se você não tem o melhor time do mundo, é melhor não fazer”, disse Chatila. “Não tínhamos um jeito integrado de atacar [o mercado eólico], portanto não permiti o lançamento”.

A compra da First Wind – que deve ser concluída no início de 2015 – é extremamente significativa para a SunEdison e a TerraForm Power, a yieldco que o grupo lançou recentemente (uma yieldco é uma empresa de propósito específico que agrega ativos operacionais em energias renováveis com PPAs de longo prazo).

“Nosso mercado potencial agora é o dobro”, explicou Chatila.

A SunEdison vai incorporar um carteira de projetos somando 531MW,  além dos 1,1GW projetos ainda em estudos e uma plataforma de desenvolvimento eólico de 6,4GW.

Com isso, a SunEdison elevou sua diretriz para a instalação de novos projetos em 2015 para 2,1GW a 2,3GW dos 1,6GW a 1,8GW anteriormente.

A SunEdison vai pagar US$1 bilhão – US$696 milhões em dinheiro e US$340 em notas promissórias – e até US$510 nos próximos três anos à medida que os projetos da First Wind sejam concluídos.

Ao mesmo tempo a TerraForm vai comprar a carteira de 512MW em projetos eólicos operacionais da First Wind por um valor de $862 milhões.

Pelo acordo, a SunEdison vai comprar uma carteira de 1,6GW em projetos que devem iniciar operação entre 2016 e 2017 que serão incluídos no portfólio operacional da TerraForm, que deve dobrar atingindo 6,2GW.

A recepção do acordo foi positiva no mercado. As ações da SunEdison valorizaram 25% e as da TerraFrom, 30%.

A First Wind, entretanto, já estava planejando expandir para além dos Estados Unidos baseando-se em suas experiências de projetos em áreas populosas como o estado de New England e nas encostas dos vulcões do Havaí.

Segundo o principal executivo da First Wind, Paul Gaynor, com a SunEdison, a empresa agora pode prospectar oportunidades em vários países, incluindo no Brasil, na África do Sul, no México e na Índia, locais onde a empresa solar já tem presença.

“A SunEdison pode não ter muito conhecimento do setor eólico, mas tem conhecimento de atuar em outros países, conhecimento sobre políticas locais e conhece estes mercados”, disse Gaynor.  “Portanto, estamos falando de nossa compreensão do negócio eólico e casar ela com a presença internacional da SunEdison”.

O alto escalão inteiro da First Wind será transferido para a SunEdison.

Gaynor lembrou que uma outra vantagem é ter acesso a uma empresa yieldco. Por causa de divergências internas entre os acionistas da First Wind – DE Shaw e Madison Dearborn Capital Partners -, a Frist Wind ainda não lançou um yieldco.Por Karl-Erik Stromsta em Nova York Leia mais em rechargenews 18/11/2014

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