Sulfabril tenta vender fábrica e imóveis hoje; marca continua sem comprador

A malharia Sulfabril realiza um leilão, nesta terça-feira (2), para tentar vender quatro imóveis localizados no centro de Blumenau (SC), avaliados em R$ 12,8 milhões.

Na quinta (4), será a vez de a empresa leiloar uma de suas fábricas ainda em operação, que está avaliada em R$ 90 milhões e fica na mesma cidade.

O leilão dos imóveis será realizado no Fórum de Joinville (SC). O preço mínimo determinado pela Justiça é igual ao valor de avaliação dos bens (R$ 12,8 milhões) e é válido para pagamentos à vista e parcelados.

A fábrica será leiloada no Fórum de Blumenau. A venda inclui todo o maquinário e também o imóvel-sede da empresa, onde fica localizado o parque fabril. O preço mínimo determinado pela Justiça é de 50% do valor de avaliação (R$ 45 milhões).

Nos dois casos, os interessados precisam se cadastrar no site http://ift.tt/LsFyos (no alto, clique em “Cadastre-se”). Informações podem ser obtidas por telefone (47-4009-0511, ramal 9106).

Já houve, também, três tentativas de venda da marca Sulfabril, sendo a última em 25 de novembro.

Não houve interessados em nenhuma das ocasiões, e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina vai marcar um leilão em data ainda a ser definida.

Três fábricas já foram vendidas
Os imóveis e a fábrica são alguns dos últimos ativos da empresa, que faliu em 1999, que ainda precisam ser vendidos.

A companhia já vendeu três outras fábricas neste ano (uma ativa, em Ascurra, e duas desativadas, em Gaspar e Rio do Sul, todas em Santa Catarina).

Empresa chegou a empregar 5.000 funcionários
A Sulfrabril nasceu em Blumenau (SC) em 1947 e chegou a empregar mais de 5.000 funcionários. Foi sucesso anos anos 1970 e 1980, quando suas coleções eram anunciadas no horário nobre da televisão e nas principais revistas do país, com garotas-propaganda como as atrizes Regina Duarte e Sandra Bréa.

A crise da empresa teve início em meados da década de 1990, com a abertura do Brasil ao mercado internacional. A falência foi decretada em 1999. Atualmente, está sob a administração de um síndico nomeado pela Justiça, o economista e professor Celso Mario Zipf.

Mesmo após a falência, a Sulfabril continuou em operação. Seus produtos estão presentes em mais de 6.000 lojas multimarcas do país e do exterior, e a companhia emprega atualmente 700 funcionários.

A empresa tem uma dívida estimada em R$ 119 milhões. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial, em Santa Catarina, desse total, R$ 60 milhões se referem a dívidas trabalhistas. Leia mais em Uol 04/12/2014

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