JBS fecha compra do Grupo Primo na Austrália e do Grupo Big Frango no Brasil

A empresa de alimentos brasileira JBS divulgou no fim da quinta-feira a compra do Grupo Primo Smallgoods na Austrália por 1,25 bilhão de dólares, além do Grupo Big Frango no Brasil por 430 milhões de reais, dando impulso ao seu plano de expansão por meio de aquisições.

Maior companhia global de carnes, a JBS informou em comunicado que o Grupo Primo é líder em produtos processados como presunto, salsicha e bacon na Austrália e na Nova Zelândia e possui cinco unidades produtivas, sete centros de distribuição e 30 lojas de varejo.

Segundo o diretor presidente da JBS, Wesley Batista, a transação está em linha com a estratégia da companhia de elevar sua exposição a produtos de valor agregado.

“(Ela) representa uma excelente oportunidade de crescimento do nosso negócio na Austrália, tendo em vista as altas taxas de crescimento anual da categoria de produtos alimentícios e da capacidade de aumento das vendas do Grupo Primo via exportações”, afirmou.

Com a compra, a JBS estima capturar ao redor de 30 milhões de dólares australianos em sinergias, elevando o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) projetado para o Grupo Primo em 2015 para 180 milhões de dólares australianos.

A compra do Grupo Primo será realizada pela JBS Austrália, em uma transação em dinheiro ainda sujeita à aprovação das autoridades regulatórias australianas.

Também na quarta-feira, a JBS divulgou em comunicado à parte acordo para comprar a AMSE02 Participações, controladora do Grupo Big Frango, que atua no setor avícola na região sul do Brasil.

O preço de 430 milhões de reais será pago no fechamento da operação, que ocorrerá após o cumprimento da condição suspensiva de aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disse a JBS.

O Grupo Big Frango abate 460 mil aves por dia em suas duas unidades, com faturamento anual superando 1 bilhão de reais.

Com a investida, a JBS dá sequência ao plano de ganhar musculatura no segmento, estratégia que foi reforçada este ano com a aquisição dos negócios de aves da norte-americana Tyson Foods no Brasil e no México por 575 milhões de dólares, além da compra da indústria de alimentos Avebom, no Paraná, e de duas unidades de processamento de aves do Grupo Céu Azul. (Por Marcela Ayres) Reuters  Leia mais em Uol 21/11/2014

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