Somente após concluir as questões regulatórias da fusão dos ativos da Rumo Logística e da concessionária de ferrovias ALL é que a nova companhia começará a buscar os recursos para realizar os investimentos no negócio de logística, de até R$ 9 bilhões nos próximos dez anos, afirmou, ontem, em São Paulo, o presidente do grupo Cosan, Marcos Lutz.
Segundo Lutz, há duas etapas a serem cumpridas antes de buscar os recursos. A primeira é a aprovação da operação – fechada em maio – pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), cuja análise está ocorrendo em tempo superior ao que desejava a Cosan, pois envolve muitos agentes. A segunda etapa, que começará após aprovação pelo Cade, é a da renovação da concessão ferroviária pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
“Apenas depois de terminadas todas essas etapas, é que vamos sentar com o BNDES para desenhar o modelo de financiamento do projeto de investir até R$ 9 bilhões em logística ao longo da próxima década”, disse o executivo, durante o “Cosan Day”, realizado ontem com analistas.
Sobre eventual escassez de recursos no BNDES, Lutz disse que se houver necessidade a companhia pode partir para um aumento de capital. “Poderíamos buscar negociação com fundos soberanos para uma eventual capitalização a um valor acima do atual, para não diluir os atuais acionistas”, considerou. Ele observou, no entanto, que 100% dos investimentos dependem da aprovação do Cade e da renovação da concessão da ferrovia.
O presidente da Cosan afirmou também que a companhia não tem como foco a sinergia de seus negócios, como ocorria no passado, quando a empresa era apenas um grupo de açúcar e etanol, que tinha a Rumo para ganhar eficiência no transporte de açúcar.
“O foco era sinergia, hoje o nível é menor. Com Comgás, por exemplo, não há sinergia. A interface da Comgás com a Rumo é muito pequena”, disse. Para ele, a cisão dos negócios não reduz a sinergia justamente porque já era pequena. “A maior relação hoje existe entre a Rumo e a Raízen. Ainda assim, o transporte de açúcar dela representa muito pouco do total movimentado pela empresa logística.” Fonte: Valor Econômico Leia mais em portalntc 27/11/2014
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